segunda-feira, 6 de agosto de 2007

da série: 10 anos de viagens

Lembram que eu falei que ia escrever sobre cada país que eu conheci? Não lembram? Veja o resumo aqui: http://simplesmenteangel.blogspot.com/2007/05/10-anos-de-viagens.html

Pois bem, vou intercalar o Conto de Fadas Moderno com essa série de posts sobre estes países.

E o primeiro deles é:

República Dominicana!

Foi o primeiro país estrangeiro que conheci. Tudo bem que tive que passar pela imigração norte-americana em Miami antes, mas foi em Santo Domingo que desembarquei em novembro de 1997.

Uma ilha no caribe, dividida entre a República Dominicana, colonizada por espanhóis, e o Haiti, seu vizinho paupérrimo, colonizado por franceses.

Lembro que tinha expectativas altas sobre um mar verde esmeralda caribenho que foram frustradas de imediato em Santo Domingo ao me deparar com um Oceano Atlântico da cor do nosso, azul marinho, na verdade até meio acinzentado por causa do tempo nublado.

Mas em congressos a gente não tem tempo mesmo de ir à praia. Estava em um treinamento do AFS Internacional e a primeira coisa que aprendi é que na República Dominicana você pode ser atropelado muito mais facilmente que no Brasil. Tínhamos que atravessar uma rua diariamente pois estávamos hospedados em um hotel e fazíamos os eventos em outro. Ambos da mesma rede, um enfrente ao outro. Mas nessa rua, que mais parecia uma rodovia dada a velocidade dos carros, sem faixa de pedestres e sem sinal de trânsito, atravessar todas as manhãs e voltar todas as noites era uma ode à vida!

Outra coisa que me lembro que percebi de imediato foi um nicho de mercado: lanternagem de automóveis. Em Santo Domingo os carros eram 8 ou 80. Nas ruas transitavam carrões importados ou latas velhas algumas amassadas outras com partes de outra cor (ora uma porta, ora um capô). Era assustador ver essa disparidade.

Mais uma coisa que me chamou a atenção: as pessoas falam inglês com facilidade. Achei isso interessante em um país "aparentemente menos desenvolvido que o meu". Mas percebi que as pessoas sabiam que a economia do país dependia do turismo e valorizavam isso na sua educação. Talvez o governo incentivasse a boa educação e o ensino de outro idioma nas escolas, não sei. Não fiquei tempo suficiente para entender isso de fato.

Lembro também que era a terra do âmbar, uma espécie de resina fóssil utilizada como jóia. Mas muito estranha, pois às vezes continha insetos dentro e outras coisas bizarras. Mas era muito valorizado por lá.

Mais uma impressão: eles utilizavam (não sei se em todo país mas pelo menos no hotel onde eu estava) algum tempero forte que deixava o mesmo gosto em todas as comidas: do prato principal à sobremesa. Não sei que tempero é esse e nem quero saber! Acho que parecia noz moscada... mas muita noz moscada!!!Lembro que me senti libertada quando fui a um restaurante italiano, e, ainda traumatizada com a comida pedi um espaguete ao alho e óleo para não ter erro! Ao receber o prato das mãos do dono do restaurante, um italiano de uns 40 e poucos anos, tive a certeza que estava salva e que poderia ter ousado no meu pedido. O espaguete estava al dente, grano duro, perfeito, e agradeci aos italianos por serem os criadores da comida mais deliciosa do mundo e espalhada pelos quatro cantos.

Outra coisa interessante. Foi lá que descobri que o repelente OFF realmente funcionava! Depois de alguns dias de seminário, parte do grupo ficou alguns dias a mais para uma pretensa experiência intercultural: ficaríamos hospedados em famílias anfitrionas. Mas uma greve geral no país paralisou os transportes públicos e acabamos parando numa pousadinha na vila de Bahiahibe. Foi lá que ao ver uma nuvem de mosquitos ferozes, comprei OFF pela primeira vez e fui para a varanda como cobaia para ver se funcionava. Entrei na nuvem de mosquitos e os vi se afastarem de mim! Achei isso o máximo! Poderia ter gravado uma propaganda ou um depoimento para a Johnsons!

continua...

Um comentário:

Luiza Serafim disse...

Adorei o post!!!
muito legaaal!!!

beijux!!
=)