sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

will you marry me?

Motivada pelo comentário de uma amiga no facebook hoje, escrevo este post. Dizia ela "Quer casar comigo?" e que apesar de já ter ouvido esta frase, não se cansaria de ouvi-la outras vezes.

Apesar de eu ter me casado, com o homem que escolhi e acredito foi um grande amor na minha vida, eu nunca ouvi essa pergunta. A gente se casou sei lá como. A pergunta me foi dita de forma indireta. Lembro de um "Será que você vai ser a mãe dos meus filhos?" que eu assenti mentalmente e em silêncio.

Lembro também de eu ter dito que se fosse para nós voltarmos para nos magoarmos eu preferia não voltar, e que eu não o namoraria mais de 2 anos, sem me casar. Mas não me lembro quando a gente decidiu que íamos marcar a data.

Lembro que a gente alugou o apartamento 4 meses antes, mas deixou para "inaugurá-lo" só depois do casamento. Lembro que escolhi um dia em que a Lua estaria num signo fixo para que nosso casamento durasse.

Lembro que não quis vestido de noiva, dia da noiva, maquiagem de noiva...Lembro que fui à praia no dia causando estresse aos meus pais que achavam aquilo inconcebível.

Lembro que curti a festa de casamento até o final e não saí antes como fazem a maioria dos casais. Lembro que tinha expectativas que íamos dormir na noite de núpcias por estarmos cansados, expectativas estas que foram deliciosamente frustadas...

Mas não lembro da frase. Porque ela não foi dita. E sinto falta.

Sinto falta a cada aula que ensino o modal will aos meus alunos e uso o exemplo de Will you marry me?

Sinto falta a cada filme romântico que assisto com o esperado final feliz.

Sinto falta, mas agora já era! O maldito timing. Nem que eu ainda estivesse casada, acho que não adiantaria uma "retratação", um novo casamento em Las Vegas, Paris, ou melhor no Havaí. Não seria a mesma coisa.

Sinto falta porque foi o meu pragmatismo que levou a isso e é o meu pragmatismo que faz com que eu não tenha mais a menor expectativa de ouvi-la outra vez.

E o que é pior. Se acontecer de eu me casar novamente é bem capaz de ser eu a perguntar...

no facebook em 12/01/11