quarta-feira, 22 de outubro de 2008

A pessoa por quem a gente se apaixona é sempre uma invenção

Um olhar;
Um sorriso;
Um beijo que demorou a sair;
Um torpedo;
Vários torpedos;
Um romance idealizado;

Um amigo pra enxugar as lágrimas;
Outro amor idealizado;
Anjos perfeitos,
Santos de barro.

Um dia caem e se quebram
E não colam mais.

Aí só fica um vazio...
Uma saudade de um colorido ainda que imaginado...
Um coração esmagado nas mãos como uma folha de papel em descarte...
E uma espera por um novo amor inventado.

posso pegar emprestado?

Um amigo me mandou o trailer de um filme que é a minha cara! Por ser meu amigo, e me conhecer bem, sabia que eu ia gostar. E realmente agora estou na expectativa da estréia.

Gosto de cinema pois um bom roteiro, uma boa fotografia, aliada à interpretação, à trilha sonora compõem uma arte completa. Emocionante!

Neste filme, um diálogo entre um homem apaixonado e abandonado por sua amada me chamou a atenção. Ele, desesperado, como ficam os amantes descartados, tenta a convencer de que ela não ama o novo rapaz. Que este novo amor é uma fantasia, uma invenção de sua cabeça.

Ela, fria como agem todos aqueles que não amam de volta, responde cruelmente:

"A pessoa por quem a gente se apaixona é sempre uma invenção."

O filme promete. Tristão e Isolda como pano de fundo mas sem ser cliché. Fotografia lindíssima, fotos de belíssima plástica. Trilha sonora de doer o coração. Não, este post não é patrocinado!!! O blog sequer é aberto, rsrsrs. Gostei mesmo. Podem conferir.

sábado, 11 de outubro de 2008

Norte-Sul

Quando eles se conheceram, eram muito diferentes. Extremos opostos que se atrairam! Ela emotiva, ele racional. Ela já adulta, fazia questão de ser criança; ele, quase criança ainda, fazia questão de parecer adulto. Para ela, sua vida era um livro aberto. Pare ele, um mistério, um segredo.

O que os atraiu, foi também o que os afastou. Ele se assustou com tanta intensidade. Ela se ressentiu com tanta reserva. E se separaram, como se separam quase todos os casais. Ela queria conversar, para ele bastavam meias-palavras. Ela queria entender, para ele já estava sub-entendido. Ela propôs serem amigos, ele disse que nunca o foram. E assim, até na separação foram extremistas.

Mas o tempo cura as feridas e apaga as mágoas. Mesmo as que não existem, é incrível! E um dia, voltaram a se encontrar. Haviam mudado. Os dois. Haviam se tornado mais parecidos com aquilo que tanto os assustava no outro. Ele confessou: tentou ser mais emotivo, e foi mais feliz. Ela confessou: era mesmo muito exposta, decidiu tornar-se mais reservada. Buscaram no outro as qualidades que não tinham e precisavam desenvolver, e assim de extremos opostos passaram a quase semelhantes.

Estavam sem dúvida, mais parecidos agora. Mas, engraçado, antes a extrema distância lhes aproximava o coração. Agora mais parecidos, portanto, mais próximos, só lhes aproximava a razão.

E ela pensou se o amor não era mesmo uma brincadeira dos Deuses, talvez para unir pessoas que tinham muito o que aprender umas com as outras.

PS: If you came over here, don't leave it without reading the comments. ;)