terça-feira, 28 de outubro de 2014

É hora de seguir em frente

Pra começar antecipo aos revoltados de plantão, aos que procuram qualquer motivo para implicar, caçoar ou encher o saco dos outros, que neste texto você vai encontrar minha opinião e eu não estou pedindo a ninguém que o leia. Escrevo para mim, pois é uma forma de desabafar e digerir certas situações. E escrevo para os que pensam como eu, para que saibam que não estão sozinhos. Não escrevo portanto para você que está feliz com o resultado das eleições.(Viu só que bom? Pode parar de ler!)

Mas se continuar a ler, esclareço também que você não vai encontrar comentários preconceituosos contra nordestinos ou mineiros. Tenho amigos de norte a sul do país, e não sou pequena em julgar ninguém por sua naturalidade tampouco suas escolhas. Apesar de como carioca, volto a dizer, ser alvo de inveja e preconceito de muitos outros estados brasileiros. Cansei de ler por aqui que o Rio é lindo, mas os cariocas são isso ou aquilo, mas isso sinceramente nunca me atingiu. Tenho muito orgulho de ter nascido aqui. O Rio é um presente de Deus.

Continuando, sou bastante tolerante em relação à inveja, à mesquinhez (tenho pena destes) e à ignorância (ninguém tem culpa de não saber sobre este ou àquele assunto, ninguém sabe tudo), mas sou bem pouco tolerante à burrice! Burrice é um atraso de vida e não tenho empatia por gente burra. Burrice é, por exemplo, quando alguém que teve acesso à educação, não dá valor a ela,não aproveita a preciosidade que tem em mãos. Nesta linha de raciocínio, tenho muita pouca tolerância para quem nasceu e estudou aqui, mas fala português errado,por exemplo.  (Já entendeu de quem estou falando? Já desistiu de ler? Que bom!!! Se preferiu continuar, ótimo, mas só aviso que comentários irônicos ou implicantes serão deletados: eu posso ser irônica na minha página, você não! Já expliquei, não quer me ler, clica em unfollow ou unfriend - não estou em busca de "likes".)

Minha opinião a respeito do resultado das eleições é que ele reflete uma realidade escancarada na cara de todos nós: o país está dividido e foi o atual governo que o fez. Os governantes deste partido que aí está adoram fomentar a discórdia e o ódio. Vejam sua campanha politica e citarei novamente apenas um exemplo aqui, do adesivo que determina: “negro consciente volta na Dilma”. Já discorri sobre o assunto antes, portanto passo adiante.  Vejam o discurso de ódio à classe média alimentado pelos boçais que cercam o ex-presidente Lula. Ouçam os gritos da plateia proferidos contra ao adversário no discurso da Dilma ao ter o resultado divulgado. Observem seu risinho irônico e do seu mentor. Inúmeros exemplos que não vou perder meu tempo enumerando.

Minha reflexão é sobre algo que qualquer pessoa que foi à escola, frequentou assiduamente as aulas de história e fez bom uso delas, deveria saber: a quem serve um país dividido? Existe alguma vantagem para a população? E não me venham dizer que a presidente fez um discurso de vitória focando na união do povo, pois me interessa mais o que ela faz do que o que ela diz. O povo brasileiro está sendo manipulado. Está caindo como um patinho na dicotomia incutida nas suas cabeças. Os negros e os brancos, os gays e os heteros, os pobres e os ricos e agora os vermelhos e os azuis. Volto a perguntar e a pergunta é retórica (só pra esclarecer). A quem serve tudo isso?

Não serve a mim. Não quero ser manipulada nem tampouco dominada. Não quero ter minha liberdade de expressão reprimida. Não quero meu futuro ameaçado. Por isso votei por mudanças e votarei de novo na próxima eleição se nos permitirem. Sim,tenho medo da ameaça de um golpe comunista, pois a mim parece que este governo fará de tudo (e tem feito de tudo) para se perpetuar no poder seguindo os passos de Fidel Castro.

Por causa deste medo, anteontem e ontem eu ainda estava com muita raiva. Falei que iria embora (talvez eu vá mesmo), xinguei a presidente de diabo (continuo achando que é mesmo), mas agora guardarei estes pensamentos para mim. Já digeri parte do caviar estragado que e esquerda me enfiou goela abaixo e estou apenas arrotando. Em breve os dejetos seguirão para o esgoto e eu e você, que também lutou por mudanças e se sentiu impotente, recuperaremos as nossas forças e seguiremos no bom-combate. Porque somos seres de luz e acredito que os bons somos a maioria (ainda que não representativa nestas eleições). Seguiremos vigilantes e não deixaremos que nos manipulem nem que nos controlem como fantoches. Somos privilegiados, pois podemos fazer nossas escolhas embasados apenas em nossa ideologia e não em troca de um prato de comida ou na garantia da manutenção do emprego. Daremos tempo ao tempo e mudaremos na hora em que este país estiver preparado. Às vezes é preciso chegar bem no fundo do poço para depois tomar o impulso de volta. Mas voltaremos. Nada é tão ruim que dure para sempre. É hora de seguir em frente!



sábado, 25 de outubro de 2014

Não gostou? Unfollow me! - 01/05/2014

Qual foi a parte do Capitalismo que você não entendeu?

Porque pelo que eu sei, eu não sou obrigada a repartir o fruto do meu trabalho duro, com pessoas que não fazem nada! Eu não acho justo que meus pais tenham se matado de trabalhar (até hoje) para dar aos filhos uma boa educação, para que depois o meu dinheiro fosse desviado para pessoas que não querem trabalhar! Sim não QUEREM! Não me venham com bla-bla-blas sociológicos até porque eu provavelmente estudei muito mais Sociologia do que você que vai me criticar. Se não gostou do texto, não pedi para você ler, sinta-se à vontade para ignorá-lo. É o que eu faço no pouco de liberdade que me resta num país à beira de uma ditadura ideológica.

Disse que não querem trabalhar, porque quem quer corre atrás. A vida é feita de escolhas, e independente da sua classe social, você pode escolher trabalhar ou se encostar! Então não me venha com essa desculpa. Claro que há aqueles que adoeceram, envelheceram e não têm condições de trabalhar. Ainda assim, há sempre uma escolha. Outro dia, estava no metrô quando um senhor de us 70 anos, entrou vendendo livros didáticos de português de uns 20 anos atrás. Senti vontade de ajudar, de comprar um livro que eu não precisava. Mas achei que não estaria sendo justa com ele. Ele queria trabalhar! Ele precisava trabalhar. Ele escolheu pegar uns livros antigos, não sei se da época em que ele lecionava, ou se da época em que algum de seus filhos estudava, e foi tentar vender.

Quando eu vejo uma cena dessas, eu penso: que país injusto, onde eu vivo! Por que ele certamente pagou anos de INSS e agora a aposentadoria não dá pra nada. Nem pra comer. Mas isso não vai ser resolvido com bolsa-isso, bolsa-aquilo! Isso só vai ser resolvido quando acabar a corrupção e isso começa por você! Quando TODOS tiverem educação na escola e EM CASA! Minha base, meu caráter veio dos exemplos que tive. Do meu pai e da minha mãe! Foi meu pai quem me ensinou que é ladrão quem rouba um centavo e quem rouba um milhão.

Por isso não me venha com postagens idiotas comparando o rapaz que roubou liros para estudar com o Thor. Por que eu sou motorista e pedestre, e sei que o motorista muitas vezes está à mercê de pedestres inconsequentes que arriscam a própria vida e ferram com a do motorista. Por isso todos os casos devem ser analisados e julgados. Não há termo de comparação entre uma situação e outra!

Se você quer ajudar os desfavorecidos, acho justo! Justíssimo! Vá fazer um trabalho voluntário. Já experimentou? Agora, isso é voluntário: da sua própria vontade! E não compulsório. Você conhece a diferença dessas duas palavrinhas? Ainda não ficou claro? Vou te dar um exemplo: quando o meu salário vem descontado de inúmeros impostos que eu não faço uso pois não há nenhum retorno para a classe social a que pertenço. Isto é compulsório. Quando eu decido pagar com o que restou do meu salário uma escola particular e um plano de saúde para minha filha. Errou, isso não é voluntário. Isso é questão de sobrevivência! Voluntário é quando eu faço doações para crianças e idosos em orfanatos, por que eu quero! Não porque ninguém foi lá e tirou o dinheiro da minha conta!

Então, voltando ao Capitalismo, eu acho muito justo que eu receba pelo que produzi. Que meu salário seja maior de acordo com as especializações que cursei investindo na minha carreira. Também acho justo pagar um salário digno às pessoas que me ajudam nas tarefas que não sei ou não gosto de fazer. 

Agora me diga: onde foi que o Socialismo funcionou? Me dê um exemplo concreto e não me venha com bla-bla-blas de que na teoria funciona, mas não souberam implementar. Por que estou bem de saco cheio de tanta asneira.

Então meu amiguinho socialista, levante a sua bundinha da sua cadeira, largue esse smartphone que seus pais compraram pra você, saia da faculdade que seus pais estão pagando pra você e vá fazer um trabalhinho social! Vá defender o socialismo, mas deixe suas roupas de grife em casa. Ah! E aproveite bem as viagens que fez para a Disney, ou pra Europa, ou pro Diabo-que-o-Carregue, na sua incoerência ideológica, porque quando isso aqui virar uma Cuba, você não vai colocar o pezinho fora do país. A não ser que você tenha um passaporte Europeu e seja mais uma vez INCOERENTE e faça como a mulher do Lula, que no primeiro mandato tirou seu passaporte italiano. Aliás, me desculpe, ela foi muito COERENTE nessa decisão, pois sendo casada com quem é, ela já sabia antes de todos nós o destino de quem ficasse por aqui.

Ou se quiser, pode continuar postando suas asneiras na rede social. É um direito seu, como o meu. Porque a tecla "unfollow" está aí pra isso! ;)

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

a morte do Brasil - em 10/04/2014

È verdade que de onde tu vens, as pessoas são felizes, as praias são as mais belas, o clima é maravilhoso, faz sol o ano todo, as frutas são doces e suculentas, o povo é hospitaleiro e generoso?

Sim, é verdade. È uma terra linda. Na minha cidade, pode-se sentir a presença de Deus no encontro da montanha com o mar. O céu é azul e nele os homens voam em asas coloridas ao pular de uma bela montanha para aterrissar nas areias da praia. 

Na praia, as pessoas esquecem-se dos problemas do dia-a-dia. Basta um pedacinho de areia e o mar para mergulhar ou contemplar. Há os que praticam surfe. Alguns dos melhores surfistas do mundo nasceram no meu país. Há os que joguem uma peladinha, como apelidamos o futebol descompromissado entre amigos. Há os que inventaram o futevôlei, o frescobol, o altinho... Mas pode-se ir a praia e não fazer nada. Na praia toma-se mate gelado e come-se biscoito de polvilho. E batemos papo com os amigos. Horas a fio. Bronzeando o corpo para a noite sair de novo com os amigos para dançar, flertar. Os cariocas descobriram que o bronzeado ajuda na sedução, por isso a praia antecede a night.

Sinto-me abençoada por ter nascido aqui. Especialmente no Rio. Por que um banho de mar zera tudo. Zera o estresse, zera a uruca, zera o olho gordo, só não zera a conta bancária. É a diversão mais democrática e na praia, somos todos cariocas, independente da cor da pele ou da classe social. O vendedor de picolé, com um sorriso enorme estampado no rosto, nos cumprimenta pelo nome, lembra dos nossos filhos, pergunta por eles, e ainda oferece um desconto no sorvete, porque nos conhece de longa data.

Mas não só o Rio é maravilhoso. Já viajei muito, o Brasil inteiro é lindo. Tenho amigos de norte a sul, de leste a oeste, e em cada lugar, há algo mágico. No sul tem neve, tem festival de cinema e chocolate, tem vinho. No nordeste, acredite,  também tem vinho, de uma uva que adora o sol,  tem praias lindas e um povo amigo com um sotaque delicioso. No centro-oeste tem a Chapada, tem Bonito, tem o Pantanal...  

Então por que você foi embora?

Por que parte do meu povo é inocente ou  ignorante e não sabe eleger os governantes. Outra parte quer mudar, mas não tem forças. A corrupção tomou conta de todas as esferas. Os crimes foram banalizados. Não nos assustamos mais com a morte, apenas rezamos para que ela venha doce e não montada numa bicicleta de um pivete que nos rouba o celular. 

Além disso, há uma inversão de valores. Quem não trabalha é mais recompensado que o trabalhador. Há bolsa disso bolsa daquilo. Quanto mais filhos, mais auxílio. O presidiário, além de não trabalhar e morar de graça, ainda recebe um salário para ajudar a sua família. Salário maior que o salário mínimo de um trabalhador
honesto. Os menores de 18 anos não podem trabalhar sem autorização do estado, mas se te roubam ou se usam drogas não podem ser presos. E existem as cotas de privilégio. Se você for branco e pobre, azar o seu. No meu  país agora , é melhor que seja pobre e negro, pois assim terá fácil acesso às melhores universidades. Nada contra os negros, mas acho que tenho os mesmos direitos que eles. Agora estão a votar mais uma
cota, para privilegiar os drogados.  E fala-se em bolsa auxílio às prostitutas. 

O sistema de saúde é falido. Quem não pode pagar um plano de saúde privado é bom que tenha um anjo da guarda forte. Morre-se na fila dos hospitais ou dentro deles. Não há infraestrutura. Mas há médicos de sobra: os importamos de Cuba.

O sistema de transportes é da pior qualidade e cobram-se preços abusivos pelo serviço “des”-prestado.  Os motoristas de ônibus dirigem como se estivessem transportando carga. Não respeitam as paradas, não aguardem que as pessoas se sentem ou se acomodem. O metrô e o trem são ridículos. Atendem a pouquíssimos
bairros e andam superlotados. Ali também os passageiros são tratados como carga.

Há tanta corrupção, tanto escândalo, tanta roubalheira que não sei nem por onde começar, nem como terminar este texto. Desesperança é uma palavra que se incorporou ao meu vocabulário. Assisto diariamente  a morte da minha pátria. Pátria que  vem sendo assassinada com requintes de tortura por uma corja de políticos corruptos e por um povo burro e cego.

Eu sou patriota, antes que pensem o contrário. Resta um fio de esperança  que insiste em não se apagar. Mas deixo esta esperança nas mãos dos que ficaram. Eu não tive forças para lutar. Não tive outra escolha a não ser partir. Não dava mais. Assistir a morte de seu país é uma dor que não finda. 

história do Brasil - aula em 2034

Pare e pense. Imagine-se daqui há 10, 20 anos. Numa aula de história. 

Como seria contada essa história?

O povo brasileiro, sempre chamado de acomodado, no ano de 2013, foi às ruas numa manifestação contra a corrupção desencadeada pelos gastos desmedidos com estádios de futebol para a Copa de 2014. No ano seguinte, perdemos a Copa num vexame inesquecível para a Alemanha, e em outubro tivemos eleições para presidente.

Termine a história agora:
A) Nas urnas, o povo mostrou que tinha mesmo acordado e que não tolerava mais tanta corrupção descarada do PT, e elegeu Aécio Neves, neto de Tancredo, símbolo do movimento pelas Diretas 30 anos antes.

B) O povo não acordou, re-elegeu Dilma e seu governo corrupto e ninguém até hoje consegue entender como essa história ficou tão desconexa. Alguns dizem que os jovens haviam ido para as ruas só pelo oba-oba. Outros, dizem que as eleições foram fraudadas, que Aécio deveria ter ganho. Mas o fato é que só podemos contar esta história aqui fora do Brasil, porque lá, na ditadura que foi instaurada, ninguém fala nada.

Pense bem o futuro que você quer escrever para o Brasil.
Eu já decidi o meu!

vamos respeitar a opinião do amiguinho - 23/10/2014

Tenho postado vários artigos, vídeos e depoimentos que considero oportunos na minhatimeline. O faço porque na minha página me sinto no direito de expressar a minha opinião, e como o meu FB é fechado para apenas as pessoas que considero dignas do meu convívio social, normalmente não tenho estresse. E é o que espero, pois não vou na página dos meus amigos contestar suas opiniões políticas, religiosas ou futebolísticas (exceção a esta última, já que a rivalidade do futebol pressupõe uma certa implicância saudável, algo do tipo "seu time é freguês do meu, é vice", etc.). Mas nunca desrespeitei meus amigos em nenhuma dessas esferas. 

Apesar de ouvir constantemente ofensas à torcida do meu time, que é chamada de mulambada e favelada em tom depreciativo, o máximo que digo do time dos outros é em relação à performance da equipe, ao número de campeonatos ou de vice-campeonatos. Não deprecio jogadores nem os torcedores porque isso é desrespeitoso. Já assisti à final do campeonato brasileiro na casa de uma das minhas melhores amigas onde meu time ganhou do dela. Tudo na paz, claro, somos amigas e civilizadas. 

Respeito todas as crenças, apesar de achar que A ou B são mais radicais e tentam se impor de forma chata, que C ou D tentam ludibriar seus fiéis. Problema deles! Desde que não me encham o saco e não tentem impor suas opiniões a mim, seguimos na paz.

Não vai mudar nada se o time A ou B for campeão ou se C ou D forem novamente rebaixados. Não vai mudar nada se eu acredito em um Deus e você em outro. Não vai mudar nada no Brasil! Mas na questão política, vai. 
Na política é um pouco diferente pois estamos pensando no melhor para todos. Como disse outro dia uma outra querida amiga, cuja opinião política difere totalmente da minha: "Tenho certeza que nós duas buscamos o melhor para nosso país e para nossos filhos." Exato! É isso! E por isso entendo que A ou B tentem convencer C ou D de que este ou aquele candidato é melhor ou pior (ou menos ruim). Acho inclusive, muito saudável toda esta discussão, toda esta preocupação do povo brasileiro, afinal, trata-se de um momento importante, crucial e pelo qual esperamos muito para conquistar: as eleições diretas para presidente da república. Conquista essa, que muitas vezes nos disseram ou nos tentaram convencer que não estávamos preparados para tal. E que exemplos como a eleição de um palhaço e um militar adepto ao totalitarismo em São Paulo e no Rio respectivamente, chegam a por em cheque esta capacidade. Mas não agora, pois agora é sério. Não dá pra brincar de eleger palhaços. A dualidade que se forma no segundo turno, é na minha opinião, bastante saudável, pois temos que nos posicionar. Eu por exemplo votaria na candidata da situação se ela estivesse disputando as eleições com aquele deputado mais votado no Rio de Janeiro. 

Contudo não tenho este cenário pela frente. Ao contrário: para mim esta eleição está bem fácil, pois sempre gostei do PSDB! Me julguem os que gostam do PT, mas não na minha timeline, amiguinho. Você tem todo direito de idolatrar o Lula, a Dilma, as idéias socialistas e comunistas, o Che Guevara, o Fidel, o Stalin, Hitler, quem você quiser, mas diga isso na sua página. Não comente nos meus comentários, porque eu não comentei nada na sua página. Respeito a sua opinião, apesar de não concordar, e espero sinceramente que você respeite a minha.

Dito isso, ratifico que votarei no Aécio e que ninguém vai me convencer do contrário, assim como eu não tento convencer nenhum petista de mudar de opinião. Vamos respeitar a opinião dos amiguinhos, valeu galera? Princípio básico da vida em sociedade!

luv or lust - 03/07/2014

Não é que eu não acredite no amor, muito pelo contrário.  Não duvido um segundo do amor dos meus pais por mim, do amor dos meus irmãos (apesar das brigas e rivalidades) nem do meu amor por eles. Meu amor de mãe pela minha filha é incondicional! Meus amigos, igualmente,  podem ter a certeza que lhes devoto o mais verdadeiro amor, assim como sei que tenho o mesmo deles. E o que dizer de amor de avós? Minha avó por parte de mãe com quem tive a sorte de conviver bastante,e os beijos no portão dados pela minha avó por parte de pai a quem o destino não me deu tanto tempo para desfrutar. O mesmo amor que vejo hoje transmitido pelos meus pais à minha filha e minha sobrinha. E o amor de tia, incontestável, minha sobrinha pode dizer. O amor pelos meus gatos, Haroldinho, que praticamente morreu no meu colo e Mio e Mao que enchem a casa de alegria. E ainda sobra amor para todos os gatinhos de rua que encontro no caminho.Enfim, acredito no amor! Muito! E tenho a certeza de que o nosso coração se expande, cruza fronteiras, quanto mais se ama, mais se tem a capacidade de amar.

O meu único “porém” é esse amor romântico,  entre homem e mulher.  Já acreditei nele um dia, mas em meio a uma crise de asma que até então eu desconhecia, este amor foi posto à prova e não resistiu. Uma frase dita por maldade ou por ignorância a uma mãe com um bebê no colo, mandando ela se virar pois não iria levá-la ao médico, matou tudo em que eu acreditava.  Eu estava fragilizada,não conseguia respirar, não sabia o que era aquilo (foi minha primeira crise de asma) e a pessoa a quem jurei amor eterno diante de um sacerdote e de quem esperava, no mínimo, a consideração de cuidar de mim na saúde ou na doença, me virava às costas. Por sorte, tenho pai, mãe, irmãos, amigos que me amam e meu pai me levou ao hospital enquanto minha mãe cuidava da minha filha. Foio fim do meu casamento. Foi o fim do que eu um dia acreditei em amor entre homem e mulher.
Então, se você me perguntar o porquê do meu porta retrato ter uma foto de Doisneau, eu te digo que pode ser ironia, pode ser que eu acredite que esse amor aí descrito tem prazo de validade, pode ser porque eu admiro o trabalho do Doisneau e fui numa exposição e trouxe esta foto do catálogo, ou pode ser apenas que eu não tenha outra foto para colocar no lugar.
Mas se você olhar, na mesma estante, ao lado, tem outro porta-retrato  com a foto da minha família, que eu insisto em renovar em todas as oportunidades em que nos reunimos, e essa sim é colorida, verdadeira, cheia de vida e de amor! Só não tenho um porta retrato com a foto dos amigos pois ainda não consegui colocá-los todos numa mesma foto e seria injusto privilegiar apenas alguns queridos.

E diante de tantas histórias, não só a que contei, mas as que vejo no dia a dia com amigos, penso que deste amor que o porta retrato define, vamos chama-lo de love, para mim ele é apenas lust.