quinta-feira, 22 de maio de 2008

Gatos!

No sentido literal, não metaforicamente falando...

Hoje eu e minha sobrinha conversávamos sobre gatos e seus destinos, muitas vezes, insólitos! Luiza teve dois gatos. A primeira, Katarina, foi um presente meu, quando Luiza tinha uns 3 anos. Katarina foi escolhida lá em Cabo Frio entre uma ninhada de gatos de uma funcionária da pousada que eu costumava freqüentar. Era portanto, Cabofriense, e veio de lá para morar no 12º andar do Quartier Montreal. Mas veio a separação do meu irmão, e o destino de Katá (como era docemente chamada pela Lu) começou a mudar.

Antes de qualquer decisão de doarmos Katá, fiz a primeira tentativa de levá-la lá pra casa e colocá-la para viver com Haroldo, juntos e felizes para sempre. Mas descobri de forma traumática, que no mundo dos gatos a coisa não é bem assim. Haroldo recebeu a doce Katá abaixo de unhadas e miados estridentes e a probrezinha se escondeu no peitoril da janela do nono andar do lado de fora!!! Desesperada, sem conseguir tirá-la dali, liguei para meu irmão que foi resgatá-la umas 9h da noite em Vila Isabel.

Vimos então que não restaria outro desfecho a não ser a doação. Minha mãe (onde meu irmão havia voltado a morar) não suporta gatos (não entremos em detalhes, mãe é mãe e a gente perdoa os defeitos) e a tia da Patrícia, com quem Lulu e sua mãe foram morar, tampouco. Seu segundo destino: Barra da Tijuca. Casa de um prima minha, que se comoveu com a história. Contudo, após recomendação de um alergista (classe médica a quem nunca dou ouvidos), Katá foi doada a um vizinho. Depois viemos a saber que este vizinho, também se desfez de Katarina, indo a bichana parar em outro apartamento na Barra, onde segundo últimas notícias, havia tido 5 filhotes. De lá pra cá, não soubemos mais de Katá.

O segundo gato de Luiza, Tom, também não teve um destino menos errante. Tom nasceu em Laranjeiras, na casa de uma amiga minha. Luiza já estava maior e ela e sua mãe acomodadas em seu próprio apartamento após o turbilhão inicial da separação. Luiza e Patrícia foram comigo escolher o bichano. E Tom nos olhava com aquele olhar doce e pidão. Trouxemos Tom de Laranjeiras para a Tijuca, mas Patrícia começou a se assustar com as travessuras do gatinho filhote.

Na impossibilidade de mudar Tom para casa do meu irmão (que na época ainda morava na minha mãe), pensamos na minha ex-sogra, criatura que já partiu dessa para a melhor e portanto de quem não devemos fazer julgamentos, mas que teoricamente a-do-ra-va gatos! Não se sabe o porquê, em um belo dia, sem nos comunicar, a velha deu o bichano para uma vizinha. Não se tem notícias de Tom até hoje. Aliás, Tom foi seu primeiro nome, pois na casa da mãe do Fernando, mudou de nome umas duas ou três vezes. Vá entender!

Por isso pensamos que certos gatos, como o Haroldo, têm mais sorte. Um lar estável, ainda que habitado por moradores instáveis. Não lhe falta comida, terrinha e carinho, e 10 dez anos já se passaram, desde que Haroldinho me foi trazido de Itaboraí para cá. Mas Haroldo não teve seu destino mudado nem com a minha separação e os apelos dramáticos do Fernando (pasmem: "Você já vai ficar com a Carol. Deixa eu ficar com o Haroldo?" ), nem com suas unhadas no meu novo sofá de couro branco que me deixaram tentada a abandoná-lo no meio do Alto da Boa Vista.

Pra mim e pra Lulu também, gatinhos são para sempre. Prometi à Lulu, que quando ela for morar sozinha, arrumamos outro gatinho pra ela. E então, finalmente, ela poderá cuidar dele até que a morte os separe.

terça-feira, 20 de maio de 2008

qualquer semelhança com fatos reais...

é mera coincidência?

PS: tema pro analista:
será que as comédias românticas estão ditando meu comportamento pessoal e endossando minha crença no amor romântico ou meu comportamento pessoal define minhas escolhas por comédias românticas que endossam minha crença no amor romântico?

sábado, 17 de maio de 2008

To do list

Tema manjado, inspirado no filme "Antes de Partir" e no profile de um intercambista no Orkut. Ahhh! Aliás!!!! Saí daquela maldição. Na imponderável balança da relação custo-benefício, o Orkut não me acrescentava nada! Menos um item na minha "to do list".

Mas vamos lá que é o que me deu vontade de escrever agora. Please note: essa seria minha "to do list" de hoje. Sou muito mutante pra ter uma lista estática.

E vou escrever em ordem de brainstorm, não em ordem de prioridades. Seria too much para essa hora da noite, e vcs sabem, meu cérebro processa melhor de dia.

* Voltar ao Havaí e sobrevoar o Kilawea. Acrescentar Jaws no tour, e quem sabe encontrar Carlos Burle por lá...

* Mochilão pela Europa, de preferência with someone special, mas se não rolar, all by mylself mesmo, sem neuras.

* Descobrir a tal trilhazinha secreta perto de Friburgo e passar a noite lá. Bem acompanhada. Ir de moto, o que significa que: ou eu aprendo a pilotar, ou ele aprende... ai, ai, ai... impecilho à vista. À cavalo, não rola...

* Casar novamente por amor, cometer esse triunfo da esperança sobre a experiência. O noivo já está escolhido. Resta ele se render...

* Lua de mel na Bavária...

* Aprender alemão.

* Falar francês com a mesma fluência que falo inglês.

* Voltar à Paris com Caroline, e comer gaufre de Nutella lá perto da Sorbonne. E ir à Londres só para mostrar a ela (pasmem!) o aeroporto. Só porque foi ali que senti ela mexer na minha barriga pela primeira vez.

* Publicar meu livro.

* Trocar de carro.

* Ir dormir, porque estou com sono. - done!

terça-feira, 13 de maio de 2008

Essa minha relação com Chronos

Saturno tem um destaque no meu mapa astral. Está em oposição ao meu ascendente e à Lua, regente do meu signo, me forçando a lutar contra a resistência que ele impõe.

Mas Saturno, apesar de na Astrologia ainda ser visto como o "grande maléfico", eu já não o vejo mais assim. Quando comecei a estudar astrologia, tinha arrepios de ouvir seu nome e a imagem que vinha na minha mente era de um senhor idoso com sua foice, ceifando o que ele determinava que não era pra ser cultivado. Isso é claro incomodava e muito a uma adolescente de 18 anos.

Agora depois que ele sacudiu minha vida no ciclo de 28 e foi tudo para melhor, não me assustei quendo ele deu outra sacudida agora no ciclo de oposição. Estou mais zen, em paz com o relógio, talvez fruto da maturidade.

Hoje acredito que as coisas têm o tempo certo para ocorrer. Timing é a palavra que não acho em português pra expressar essa certeza. Se não ocorreu, é porque não era (ou ainda não era) pra ser. Prefiro confiar naquele sábio senhor com sua foice, ceifando para mim as ervas daninhas que apareceram no meu jardim.

Não deve ter sido, portanto, por acaso que pude vê-lo no telescópio semana passada. Ali, na imagem projetada na minha retina, ele não parecia tão maléfico assim.

E em ano de Júpiter, "o grande benéfico", com trânsito dele também, as coisas ficam mais equilibradas, Um ceifa daqui, o outro semea ali e tudo vai retornando ao seu devido lugar: um lugar mais agradável.

Também não deve ter sido "por acaso" que coloquei os 4 relóginhos no guá das rotinas. E como já havia prometido, segue uma fotinho para terem noção de como ficou.

Lembrando que é o fúcsia que mostra a hora deste post aqui no Rio. ;)



quarta-feira, 7 de maio de 2008

O dia em que eu vi Saturno!


Simplesmente não dá pra explicar a emoção de olhar pro céu, ver um pontinho que passaria por uma estrela até o astrônomo te chamar a atenção de que ela não está piscando, e depois, você olhar na lente do telescópio e se deparar com a imagem aí acima. Eu fiquei emocionada! Queria registrar o momento. Queria tirar uma foto "do Saturno que eu vi", mas relaxei quando lembrei mais uma vez que os melhores momentos da minha vida não foram fotografados. Saturno irá para o filminho da minha vida. E tive a sorte de estar acompanhada da pessoa que eu mais amo nesse mundo nesse momento mágico.

Era para ser uma excursão para as crianças da escola da minha filha. Das 19 às 21h aqui perto de casa. E eu fui obrigada, pois pensei que estaria perdendo o jogo do Flamengo. Pois bem, nem era a hora do jogo e eu nem queria sair de lá enquanto pudesse ficar olhando Saturno ali no céu. Agora é a hora do jogo e eu estou aqui escrevendo. Que mané Flamengo? quando no céu existe um planeta lindoooooo com dois anéis em volta e aqui na Terra milhares de telescópios que o alcançam!!! Minha vontade era de sentar na grama, tomar um vinho, beliscar uns quejinhos e virar aquele telescópio pra um monte de lugares até o dia amanhecer (eu tenho um quê de hippie na alma, confesso!)

Mas era um céu de cidade grande. Cidade grande não, metrópole!!! E como ver estrelas no Rio de Janeiro com tantas luzes da cidade??? Sorte poder ver o Cruzeiro do Sul e as Três Marias... A vontade era de estar em Visconde de Mauá com um telescópio daqueles e algum astrônomo amador (de preferência gato, surfista, médico ou engenheiro - hahahahaha!) pra me explicar. Tudo bem. Foge ao meu "número"habitual. Provavelmente seria um master (eu disse master, não sênior) para entender tanto assim do universo (e isso me faz pensar no trocadilho infame: seria um Master of the Universe!!! hahahahahahhaha). Mas retomando, provavelmente seria master para entender de astronomia e me passar toda sua sapiência acompanhada de vinho tinto - e mais uma vez abro uma exceção, mas Visconde de Mauá não combina com meus Proseccos ou Vinhos Brancos Frisantes habituais...

Nesse meio tempo, enquanto escrevia esse post, meu vizinho(sub 21) que não cansa de tomar toco me chama pra seu apartamento pra eu lhe explicar sobre Saturno (pois meu nick no msn dizia que eu havia visto Saturno hoje). Respondo que "Saturno combina com vinho tinto... com queijinhos... com grama molhada de orvalho... com telescópio... com Visconde de Mauá... com friozinho...com virar a noite sentado numa canga enrolado numa manta olhando o céu... Acho que Saturno não combina com nós dois..."

Enfim, o post é apenas pra registrar esse momento mágico. Devia ser mais ou menos 19:45 do dia 07 de maio de 2008 quando eu vi Saturno pela primeira vez. Pensar que nesses anos todos o mais perto que eu cheguei do Universo foi observando dois ou três eclipses... Quando a gente olha o céu, as coisas aqui na Terra ficam relativamente menores. Os problemas, as preocupações, os medos... Tudo isso fica tão insignificante perto daqueles planetas todos!!!

Obrigada Galileu!!! Acho que hoje vou dormir mais felizinha hoje graças à sua invenção. E sorte minha, pois o Flamengo perdeu em casa... francamente!!!

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Johnny a velhinha, Johnny!

Todo mundo deve conhecer a piadinha infame de humor negro, onde um carona está no carro e grita ao ver uma velhinha atravessando a rua:

_ Johnny a velhinha, Johnny!

E Johnny: BUM!!!! Atropela a velhinha de andador e tudo que voa por cima do capô! Ao que o carona retruca:

_ Ainda bem, Johnny, pensei que você não estava vendo a velhinha!!!

O que nem todos tiveram a chance de vivenciar foi esta cena ao vivo e a cores. Poucas cores pois era quase dez horas da noite e eu e uma amiga que dirige como o Pateta naquele filme de "como não devemos dirigir" resolvemos ir no Wallmart a 200 m de casa comprar umas tijelas para uma sopa num jantar árabe.

Ao chegar próximo à agulha da entrada do Wallmart, achei que ela não estava em velocidade moderada o suficiente para entrar ali e alertei:

"Johnny, o Wallmart!!"

Ao que ela retrucou, jogando o carro pra dentro da agulha num golpe de direção: "Eu sei, estou vendo o Wallmart, companheira!!!"

Ela só não estava vendo a cadeirante, que empurrada por uma outra pessoa pensava em cruzar a faixa de pedestres! Ao avistar Johnny em altíssima velocidade, a cadeirante, que devia sofrer de paralisia cerebral, dá um grito, arregala os olhos e mexe desesperadamente sua mãozinha direita, numa tentativa em vão de alertá-la!!!

Por sorte eu gritei: "Johnny, a velhinha!" e ela freiou e desviou da cadeirante antes mesmo que o pedestre que a conduzia pudesse retornar a cadeira de rodas para a calçada.

O que se seguiu foi um ataque de risos de nós duas até a entrada do Wallmart, cientes de que era humor negro, mas impossível não rir da cena tragicômica!

Ríamos de aliviadas pois não atropelamos a pobrezinha, mas também da cena digna de Loucademia de Polícia de humor politicamente incorreto, da mãozinha tremendo desesperada.

Foi humor negro, confesso. São Pedro deve ter dito Game Over pra nós duas ontem à noite e nem anota mais nosso nome no livrão preto. Mas que foi hilário, foi!!!

Fúcsia!

Respondendo aos comentários do post anterior...

Vou mostrar, Cath... fique tranqüila! É preguiça de pegar a máquina lá dentro, bater a foto e baixar aqui pro computador... Mas promessa é dívida.

Lila, descobri que é fúcsia com s. Nunca havia escrito antes... mas pra matar sua curiosidade, com mais estilo, olha o que achei no google:

http://capricho.abril.com.br/madeinparadise/57615_post.shtml

Beijos!!!