sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Coragem

Meu companheiro de blog, Amílcar, o único, na lista ao lado, que como eu ainda mantém alguma regularidade nos seus posts, escreve sobre a "coragem". Não a coragem pura e simples dos bravos guerreiros, mas a mais difícil delas: a coragem dos apaixonados em se declararem.

Eu, jogadora atacante ofensiva, óbvio que discordo do Amílcar. Tenho coragem de dizer na lata que estou dando mole, pois não tenho medo de levar toco. Mas concordo com ele quando ele diz que isso está diretamente relacionado à auto-estima. Minha auto-estima é estratosférica, e poucos foram os caras que me deixaram desconcertada nessa vida.

Mas apesar de todo o ganho que se tem com isso: não me lembro de nenhum cara que eu tenha pensado em ficar que eu não tivesse ficado. Parêntesis aí: ficar não quer dizer ganhar o cara e nessa eu já perdi "amores da minha vida" pois simplesmente atitude não basta para se ganhar o coração de alguém. Mas aí já estamos enveredando o assunto por outro rumo. Voltemos à coragem de dizer na lata, ainda que não desta forma: "estou te dando mole mesmo!" Como eu ia dizendo, apesar de todo o ganho, isso vale muito para a night e lugares afins.

Às vezes penso em como seria minha vida se não fosse eu a ganhar 99% dos caras com quem fiquei. Se não fosse eu a conquistar 99% dos objetivos de vida que pensei. Se não fosse eu a correr atrás das coisas. Se por um dia apenas eu passasse do papel de caçadora para o de caça. Não seria eu! Definitivamente.

Portanto, Amílcar, cada um com seu cada um. É por sermos diferentes em comportamento, ideologias, genética e fenotipicamente distintos que a vida é tão legal. Imagina um monte de gente igual, de comportamento igual e previsível que coisa mais sem graça! A graça está em olhar para uma pessoa e apesar de todo o comportamento simulado na night, não desconfiar nunca que se trata de um tímido, ou olhar para uma garota que está quietinha sem dar papo para ninguém e não imaginar que ela pode pular pescoço do cara que acabou de conhecer e beijá-lo quando der na telha.

O yin e o yang é que são o grande barato. A coragem não existiria se não houvesse o medo, e lembro bem de um professor de filosofia na 1a faculdade que cursei dizendo para a turma: "se tudo é amarelo, nada é amarelo". Na época com 19 anos, pensei: "que cara doido!!! e meu pai pagando para eu ouvir isso!!!" Mas é isso aí, Amílcar. Faço dele as minhas palavras agora adaptadas: Se todos fossem corajosos, ninguém seria corajoso. Portanto como diz nosso amigo Samaritano: relaxa!!!

But trust me when I talk about running on the beach! ;)

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