terça-feira, 21 de agosto de 2007

Finais

Deitou e dormiu... Sonhou todos os sonhos acumulados das noites que passou acordada. Precisava dormir. Precisava voltar a sonhar. Lembrou-se de alguém que um dia lhe disse: "nunca se deve tirar a esperança de uma pessoa, pois pode ser a última coisa que ela tem". Sua esperança havia se esvaido em desgastes desnecessários. Percebeu que a única meta da sua vida tinha sido descartada. Precisava de novos objetivos. Uma vida sem rumo não é uma vida. Mas tudo que ela sonhara e acreditara, tudo que ela imaginou, os planos que traçou mentalmente e o futuro bonito que visualizou de uma hora para a outra foram apagados.

Precisava recomeçar. Mas antes precisava encontrar forças e motivação para isso. Por enquanto não tinha muitas. Sabia que aos poucos seu celular deixaria de tocar avisando a chegada de mais um torpedo. Sabia que as conversas ficariam mais raras, a sintonia iria acabando e chegaria o dia em que não teriam mais tanto assunto para conversar. E ficou triste só de imaginar. Mas já tinha vivido o bastante para saber que só haviam dois finais para quem se apaixona, e um deles era muito doloroso.

Parou e pensou de forma bastante racional: vai ser bom ir embora por um tempo. Vai ser a forma mais fácil de encerrar essa história para qual sua mente já havia decidido, mas seu coração insistia em não aceitar.

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