Pink Floyd faz parte da minha vida. Especialmente da minha vida com meu ex marido, tanto que durante um tempo achei que não iria conseguir ouvir mais Pink Floyd sem lembrar dele.
A primeira música do Pink Floyd que eu ouvi foi Time, em 1986. Nunca fui muito ligada em música. Até hoje ainda sou assim. Não fazia idéia de quem era Pink Floyd. A maioria das bandas de rock que eu conheço foi algum namorado que me apresentou.
Estava namorando com o Fer na casa dele num dia que a mãe dele não estava em casa, e Time (rock progressivo na veia) ia aumentando de intensidade ao mesmo tempo que o clima ia esquentando. Foi ao som desta música que eu disse para o Fer que não ia transar com ele ali naquele dia, porque ainda era virgem. Pense numa coisa complicada para uma garota falar para um cara. E Pink Floyd tocando...
Depois, quando voltei com o Fer em 1995, compramos coincidentemente no mesmo dia o CD Pulse de um show do Pink Floyd em Londres no ano anterior. Namoramos de 95 a 97 e viajávamos todos os finais de semana para Cabo Frio ao som de Pink Floyd no CD do carro.
Uma das transas mais emocionantes da minha vida foi nessa época na Floresta da Tijuca, ao som de Money (versão ao vivo do pulse) do Pink Floyd. Estava voltando da praia, entramos na floresta paramos o carro numa trilhazinha e transamos em cima do capô do carro.
Não deu para tocar Pink Floyd na nossa cerimônia de casamento por restrição da Igreja Católica. Se pudesse a música teria sido “Coming back to life” do CD The Division Bell porque a letra tinha tudo a ver com o nosso reencontro.
Esta semana morreu Sid Barrett um dos fundadores do Pink Floyd. Fiquei viajando na matéria do Fantástico que se o Pink Floyd viesse no Brasil eu tinha que ir assistir ao show com o Fer. Mas depois pensei :"não teria nada a ver!" Minha separação foi um sucesso e minha história com o Fer teve um ponto final e não reticências. Esta trilha sonora faz parte apenas dos arquivos da minha memória e hoje em dia consigo ouvir Pink Floyd sem associar ao Fer. Money por exemplo, graças ao filme “Uma saída de mestre” só me lembra aquela cena dos caras fugindo pelos Alpes com a grana roubada.
Eu nem cheguei a ouvir ou conhecer Pink Floyd com Sid na sua formação.Também não ligo pro dissidente do Roger Waters que fica pegando carona na ausência de shows da banda e fazendo um pseudo show por aí. Eu me recuso! Não fui na apoteose assistir àquele show: prefiro assistir Pulse em casa! Pink Floyd como está hoje em dia com David Gilmor na guitarra e nos vocais, pra mim está perfeito. Sempre gostei mais do Gilmour mesmo. Desde as fotos teste para a capa do The Dark Side of the Moon onde é fácil de identificá-lo, pois ele era o mais gatinho. Agora ele está velhinho... mas continua um charme!
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