terça-feira, 18 de novembro de 2014

to beard or not to beard

Sem barba, por favor!

Outro dia me peguei falando com uma amiga minha: “já consigo reconhecer um petista só de olhar (mas vale pra psol, comunista,marxista, qualquer esquerdista irritante): é aquele típico cara de calça jeans velha(especialmente as rasgadas, não propositadamente, mas porque estão rotas mesmo), camiseta, havaianas e principalmente e condição mais marcante, a barbinha estilo Los Hermanos”. Rimos muito, e ela concordou comigo: a barbinha Los Hermanos é um dos principais sinais.

Note que não é uma barba “stubble” – desculpem-me só tenho esta palavra em inglês pra explicar uma barba bonita, por fazer mas bem aparadinha.  A barba dos esquerdistas é feia, falhada, mal aparada, aquela coisa meio suja, meio hippie (super démodé por sinal) algo que eles esperam que quando  envelhecerem vá ficar igual a de Marx, Lula ou de Fidel. Já não gostava antes, agora tomei nojo!

Sempre tive tendências burguesas. Tive dois namorados que me chamavam de burguesinha na adolescência. Nunca me incomodei com a alcunha. E não me incomodava o fato de um deles ser simpatizante do PCB e o outro ser um rebelde sem causa filho de militar que vivia na praia fumando um baseado. Estávamos nos anos 80, eu tinha quinze anos e era legal uma garota “burguesinha” como eu namorar um “esquerdista” ou “rebelde” com o eles.... Eu dizia que votaria no Medina para prefeito do Rio apesar de não ter idade para tal e acho que foi essa afirmação que fez com que os dois me classificassem de “burguesinha”. Não estavam errados. Tenho a consciência tranquila de só ter votado no Lula uma única vez por falta de opção (contra o Collor) e pra minha sorte, o Lula perdeu naquela eleição. Nunca comprei as ideias Marxistas. Tenho muito pouca paciência para quem tenta me convencer que um sistema que faliu no mundo inteiro, que teve que ser imposto por meio da força bruta, que prive seus cidadãos de escolherem se querem ou não tal sistema.

E tivemos Brizola no Rio pra nos mostrar que lindo que era o socialismo dele: “bandidos façam o que quiserem, vocês são vítimas do sistema, não vamos deixar a polícia encostar em vocês”. Vamos fazer uns CIEPs e desviar dinheiro das obras para família e amigos. Os professores idealistas vão acreditar que estamos fazendo algo pela educação. Os CIEPs vão ficar bonitos estrategicamente colocados em pontos de bastante visibilidade, mas não faremos nada para efetivamente melhorar a educação tampouco a segurança já que a ideia é que os filhinhos de papai terão livre aceso às drogas e tudo no Rio vai ser “paz e amor” ali no Arpoador.  A gente viu no que deu!

O fato é que todas essas falácias da esquerda que está no poder graças a um monte de bobões nos centros acadêmicos das universidades e um monte de irresponsáveis professores formadores de opinião me deixou de saco cheio de homem de barba.

E é porque não frequento a night carioca faz tempo, se não toco agora seria “sai fora marxista!”- com a mão fazendo o gesto de fale sozinho,  pra qualquer cara de barba que chegasse em mim com blá-blá-blá. Como falei antes, estou bem de saco cheio! Saco cheio de barbas e outros determinadores de que o seu pensamento seja de esquerda.

Então, barba não, por favor!  Abro uma única exceção (até porque a barba dele não se enquadra nesta descrição dos Los Hermanos e porque ele não tem nada do estereótipo de esquerda acima) mas para que fique a dúvida e ele volte a me perguntar “Com barba ou sem barba?”

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