quinta-feira, 7 de setembro de 2006

Borboletas: use-as com moderação

Acho que sou meio parecida com o poeta Vinícius...sou intensa demais nas paradas que faço, me envolvo demais, curto demais, e depois evidentemente sofro demais quando acaba.

Na verdade sou meio exagerada também. Não sei se é "demais" assim como estou colocando. Não sei porque não tenho outro referencial, sempre fui assim, então acho que é o normal.

Mas percebo quando não estou no meu estado normal... Estou sempre de alto astral e quando começo a ficar de um jeito que nem eu me agüento, ainda mais por dois fins de semana seguidos já é sinal que alguma coisa vai errado. Não sou disso... E aí eu fico muito brava comigo mesma por estar me chateando com quem não merece.

Começo a achar que na imponderável balança da relação custo-benefício, já não está mais sendo positivo o saldo do prazer que eu tive versus a encanação pra sair da história quando acaba. Efeito colateral das tais borboletas, que se usadas de forma exagerada, causam a maior dor de cabeça depois. E eu não sei usar borboletas com parcimônia.

Tudo piora quando do outro lado tem um canalha disfarçado de bonzinho (e que parece que acredita mesmo que não é canalha, ou pelo menos acredita que vai convencer a gente disso) que fala e age da forma mais cliché que você já viu na sua vida inteira, mas que você sobre o efeito alucinógeno do chá de borboletas acredita de forma inconsciente. E piora ainda mais quando cai a ficha de que ele não está mais em órbita do seu sistema solar e te trata de forma fria e distante, te deixando mal de propósito porque te decifrou e sabe que você é egocêntrica.

E aí, você entra em crise de abstinência e o tal vício que estas borboletas causam te traz uma saudade, te força a relembrar como foi maneiro, te faz focar só no lado bom do que rolou, te faz perder a vontade de ir pra Cabo Frio porque você está uma pésima companhia... É uma merda... Mas eu vou... Não sou maluca não. Não fui hoje, mas amanhã o ex vem buscar a filhota e eu vou lá pra Dani faça frio ou faça sol. Danem-se as borboletinhas mortas e o gosto amargo que elas deixam. Eu é que não vou me entregar a este veneno por tão pouco. E afinal de contas, já dizia minha avó: "cabeça vazia, oficina do diabo". Aliás por falar em diabo, post sobre o filme acima!

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