quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Atrás daqueles muros

Cresceu ouvindo dizer que o mundo lá fora era perigoso, que "os outros" eram isso ou aquilo, que devíamos nos comportar desta ou daquela forma para a aprovação "dos outros" (aos quais aliás nunca foi realmente apresentada).

Resolveu cercar-se de muros para ficar bem protegida do mundo lá fora. O muro mais alto e o primeiro que todos avistavam era o da prepotência. Quem a via de longe pensava logo: nossa que metida! Mas quem se aventurava a dar a volta e procurar uma entrada mais accessível, via logo que aquele muro era só a fachada. Outros muros existiam: o do poder, o da arogância, o do sarcasmo, o da vaidade, e muitos outros, cada um levantado diante de determinada situação.

Poucos amigos conseguiam entrar na sua casa. Não nos jardins, onde ela plantou flores da simpatia, comunicação, divertimento, alegria, etc, mas lá dentro, bem lá dentro mesmo! E esses amigos, apenas esses, percebiam que ali morava uma menina que não queria nada diferente das outras: simplesmente ser feliz.

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