domingo, 30 de setembro de 2007

Estágio - Defesa!

Bennet diria categoricamente: estágio de polarização - defesa contra outra cultura, mas eu assumo. Vamos falar de São Paulo.

Meus pais moraram em São Paulo quando eu tinha um ano (ah -ha! isso vocês não sabiam!!!) e depois moraram por 6 anos consecutivos em Moema, há 7 anos atrás. Eu ia visitá-los sempre pelo menos na Semana Santa. E o que mais me lembro de São Paulo dessa época era a loja da Amor aos Pedaços na Lavandisca e o apartamentaço lindoooooo dos meus pais em Moema. Moema era um bairro charmoso. Mas meus programas eram familiares.

Também tinha ido em São Paulo antes para passar apenas uma noite com o Fernando quando voltamos a namorar. Isso eu já contei por aqui: peguei a ponte-aérea, encontrei com ele em Congonhas, fomos jantar e depois para o apart onde ele estava hospedado e eu passei a noite em claro e voltei na primeira ponte aérea do dia seguinte para trabalhar.

São portanto boas as lembranças de São Paulo, apesar dos ...

Este fim de semana fui à São Paulo fazer um curso na 5a feira e fui visitar minha amiga Isa. Fiquei na casa dela até hoje e vivi como uma típica paulistana, finalmente: andando feito um camelo naquelas ladeiras da Vila Mariana, pegando o metrô até a Consolação para ir ao curso ao até a Sé para encontrar com a galera do trabalho dela e ir para um happy hour.

Malhei 4 horas na academia dela moderníssima que deixa as academias daqui no chinelo, e descobri que tem gatinhos em São Paulo sim: pouquíssimos: os professsores da academia. Só eles!!!!

No mais o futebol paulistano decepciona assustadoramente. Fomos para a night (balada lá) ontem à noite. Escolhemos um lugar que tocaria hip hop e um "funk carioca". Saí de lá sem conseguir dançar. Insuportavelmente cheio, gente feia, vestida à caráter, a galera vai de casalzinho na boite, resultado: praticamente nenhuma azaração (menos mal, o que limitou meu esforço a um toco na noite), drogas correndo soltas (por vários momentos saí da pista para respirar ar puro do contrário jamais poderia me considerar careta: fumei muita maconha por tabela, sem contar outras drogras sinistras). Tudo isso na cara de dois policiais que enfeitavam a escada da boite e de vários seguranças que faziam vista grossa e cuja função era apenas protejer o "camarote reservado" leiam com bastante sotaque, de onde eu e Isa fomos expulsas por termos entrado inadvertidamente!!! O que eles consideram "funk carioca" eu não ouço aqui de jeito nenhum: batidão insuportável dos morros. E o hip hop, no mesmo estilo.

Eu curto um rhythm& blues, um soul, um hip hop de leve, e o funk comercial. Sou burguesa assumida, quase uma patricinha. Estava no lugar errado. Esqueça tudo que você ouviu sobre hip hop e funk no Rio, o de lá estava pesado. Daria tudo para ouvir um dance! Os primeiros acordes de "Can you feel it" ou de "Love Generation" mas percebi tarde demais que tinha ido parar no gueto errado. Literalmente um gueto!!!

Sem contar o motorista de taxi babão que nos levou e não posso incluir nessa lista a péssima escolha de Nicolas Cage para seu último filme: "O vidente" classificado como suspense, mas se você encara como comédia pastelão dá pra se divertir. Mas isso é apelação, apenas porque assisti ao filme em São paulo :P

No mais, paulista não sabe chegar em mulher. Um carinha ficou a noite inteira atrás da Isa sem coragem para falar nada. Quando abriu a boca falou que ela mandava bem na "cotovelada" ou é uma gíria local, ou o sotaque e o barulho da música fizeram com que ela o entendesse errado. Depois a comprovação veio quando um carinha chega em mim no bar e me pergunta: "você tem namorado?" Affffff!!! Francamente!!! Foi a gota d'água! Preciso de um Pátio Lounge, da Baronetti, da night da Six urgente pra me recuperar!!!

De volta ao Rio,
Angel

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