domingo, 8 de julho de 2007

O gol de Paolo Rossi

Meu aniversário foi dia 4, a comemoração começou no domingo e minha festa foi ontem... Gosto de comemorar... E a ficha sobre meus 39 anos num corpinho de 32 já caiu faz tempo. Lido bem com Chronos atualmente. Vejo mais as vantagens do que as desvantagens que ele me traz. Aprendi a lidar bem com Sr Saturno e hoje posso dizer que somos amigos.

Hoje mesmo estava assistindo uma matéria do Globo Esporte sobre 25 anos da derrota do Brasil para a Itália na Copa de 82. E foi muito gratificante lembrar de tudo aquilo. Por mais que seja uma coisa doída, uma recordação triste. Não conheço essa história pela História! Não conheço porque me contaram. Não conheço porque li nos livros ou porque assisti às reportagens. Eu vivi isso! Eu acreditei na seleção de Zico e chorei no gol do carrasco Paolo Rossi. Pra mim este não é apenas um nome na história. Me sinto, como milhares de brasileiros, íntima desse cara. Afinal foi ele que entrou em campo e fez um golaço que nos tirou de uma Copa que o Mundo acreditava que merecíamos.

E ali, nos meus 14 anos de idade, comecei a aprender na prática que nem tudo que parece certo, nem tudo que parece justo e merecido, vai realmente acontecer. Nem tudo que parece desenhado pelo Cosmos se materializa. Porque existe uma palavra "fatalidade" e outra chamada "acaso", e uma outra expressão chamada "falta de sorte". E qualquer uma dessas pode por por terra aquilo que parecia certo.

E isso vale pra tudo na vida. Pra a gente ter consciência sobre as limitações do nosso "poder".
"O cara" da night pode não gostar da gente e preferir beijar uma baranga! Fazer o quê? No dia briguei, não entendi, chorei. Como choraram milhares de brasileiros com a derrota do Brasil pra Itália. E desceram de seus apartamentos e arrancaram as bandeirinhas que enfeitavam as ruas. Era preciso por pra fora toda aquela mágoa.

Mas o que não aprendi na Copa, aprendi agora. E decidi que não vou mais chorar por nenhuma situação como essas. Vou lembrar do gol do Paolo Rossi, quando eu levar um gol assim pela minha cara... E ao invés de brigar, arrancar bandeirinhas, bater pé, discutir, xingar, vou fazer como faria um monge budista: me calar e refletir...

Don't take it for granted! Essa é a lição. Nem Paolo Rossi nem a baranga mereciam os gols que fizeram, mas ganharam os jogos... fazer o quê???

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