quarta-feira, 14 de março de 2007

cenas do cotidiano

Cena 01

Saí do trabalho ontem por volta das 17h. Peguei um taxi a caminho de casa. Ao passar pela rua de Santana, esquina de Presidente Vargas, o maior engarrafamento! Olhando pela janela do taxi me vi absorta em pensamentos observando um rapaz, de uns 20 e poucos anos, lindooo, meio que vestido de palhaço: calça quadriculada verde, camisa listrada preta, acho que tinha um chapéu na cabeça, e três malabaris na mão, daqueles bastões de boliche. Diante dele, uma menina de uns 11, 12 anos de idade com uniforme da escola municipal, tentava fazer os movimentos com o bastão. A cada vez que tentava e tinha dificuldades, o malabaris abria um sorriso encantador para ela e voltava a tentar lhe ensinar. Além de lindo ele tinha aquele sorriso... Fiquei ali curtindo aquele momento e qdo lembrei que estava com a máquina e poderia fotografá-los para mostrar-lhes aqui, o sinal abriu. Lembrei que as melhores cenas da minha vida não foram fotografadas e não me frustrei. Nasci mesmo com esse dom de escrever (e da modéstia) e achei que era para descrever-lhes a cena para vocês mesmos imaginarem.

Cena 2

Mais adiante uns três minutos a frente, um sinal na Praça da Bandeira que não gosto muito, esquina de uma rua movimentada que não lembro o nome. Não gosto do sinal pois tem sempre aqueles menionos-limpa-vidros-de-carro. Mais novamente me vi absorta me pensamentos, observando 04 meninos de rua (duas meninas e dois rapazes) sentados no meio fio, lambuzando-se com um picolé de manga cada. Pude sentir o prazer deles tomando aqueles picolés, e por causa desta cena os vi mais humanos, mas parecidos comigo, mais sensíveis. A gente (classe média) acaba os discriminando sem querer, pelo medo da violência especialmente aqui nas grandes cidades. Mas neste momento vi ali pessoas como eu e você: que curtem um picolé refrescante numa tarde calorenta nesse Rio de Janeiro. Também tive vontade de fotografar (pois estava vendo poesia em tudo) mas, novamente tarde demais, o sinal abriu e lembrei que minha missão é escrever...

Fiquei pensando se estar vendo poesia em tudo era mesmo um privilégio dos rodeados de borboletas... E agradeci mais uma vez o momento mágico da minha vida atual.

3 comentários:

Anônimo disse...

ja procurei em todos os sites esportivos... mas nem um fala do campeonato em petropolis, como andam os jogos???
beijo em todos

Anônimo disse...

Só os craques estão jogando! Bem! Muito bem!!! :P

Unknown disse...

enquanto isso, na floresta amazônica...
Acho que o Candirú pegou a Deuzuíte,ó...ou será que foi o boto que encantou??? ;)
Beijão,anginha.

Longos tempos, tou aqui de volta!