Sonhei com a criatura que Platão me destinou, e no sonho (no mundo perfeito das idéias) foi tão bom... Sonhei porque a criatura não atendia o celular, não respondia aos torpedos e tudo em Búzios me fazia lembrar dele. Teve uma hora em que parei na Orla Bardot e pensei: pra ali não posso andar mais não, não vai me fazer bem... Porque essa história de que saudade é bom é conversa pra boi dormir. Saudade é antônimo de presença. Bom mesmo é presença.
Mas como eu não tinha a criatura nem num telefone, nem num torpedinho, nem num scrapzinho, Platão foi lá e me presenteou com ele no meu sonho. E no meu sonho, mando eu, portanto a criatura age como eu gostaria que agisse... ô sonho bom... Mas segundo Platão quem está aqui na terra é a sombra da criatura, imperfeito e inatingível.
E eu me contradigo descaradamente nesse blog.
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