na locadora...

Fui ver o tal clipe da música ontem feito com cenas do "Como se fosse a primeira vez" e resolvi alugar o filme novamente. Estava na piscina do Tijuca e minha amiga Isabela falou que isso era masoquismo:P Só pq falei que o Adam Sandler é um fofo e não foi à toa que escolhi aquele clipe. O Adam Sandler é sempre o good guy, e eu pela primeira vez saí do padrão bad boys na minha vida. Daí, óbvio, que acho que Adam Sandler tem tudo a ver com meu amore.

Enfim, entrei na locadora determinada: "Como se fosse a primeira vez" e um filme pra Carol. Mais nada! Mas a atendente, na hora do pagamento avisa: se eu pegar mais um, devolvo todos na 2a feira... OK, volto para a prateleira de lançamentos. Juro que procurei uma outra comédia romântica, mas acabei com "United 93" na mão.

Quando cheguei em casa, fiquei pensando (daí lá vão minhas viagens) o que teria me levado a escolher justo esse filme? Seria um desejo inconsciente de me convencer que é melhor mesmo não voar para NY pois podemos "estar expostos a toda sorte de terrorismo"? Ou seria porque há uns posts abaixo escrevi que iria visitar o escritório da sede do meu trabalho e mostrar para meu amore onde estavam as torres do WTC? Não sei... mas achei quando comecei a assistir o filme que alguma coisa queria me demover da idéia de ir a NY.

Só que o filme vai se desenrolando, o filme é ... (não tem expressão aqui que não inclua um palavrão, portanto o filme é... e completem vocês). É bom pra ... É do... isso mesmo! Essa palavra mesmo! E o filme vai se desenrolando, e é baseado numa coisa real, que eu vivi intensamente pois trabalho nessa organização com sede em NY, com uma missão linda pela paz, porque quando aconteceu eu lembro exatamente como foi, o que senti, o que falei, onde e com quem estava, etc...

E em determinado momento do filme os passageiros começam a ligar pra quem eles amam pra dizer "eu te amo". Eu não morro desse arrependimento. Falo mesmo quando amo não importa o que o outro vá pensar. Sim, porque tem gente que se assusta com "eu te amo". Mas eu amo meus amigos, amo minha filha, minha família e meu amore (ainda que ele não me ame da mesma forma porque eu sou sua amiga, mas isso é outra história) e falo pra todos eles o quanto eu os amo. Falo mesmo!!! Os que guardam os sentimentos que se arrependam se um avião cair. Eu não. Todo mundo (que eu amo) vai saber porque eu já falei antes.

E aí vi que o filme não me deu vontade de não ir pra NYC não. Muito pelo contrário! O filme me deu foi vontade de ir lá numa loja de compra e venda de carros, vender meu Corsa, pegar a grana em cash e correr no balcão da Delta pra emitir o bilhete que expira depois de amanhã.

E não foi só porque passei o dia inteiro na internet esperando pra ver se quem eu queria falar aparecia online, não foi só porque eu acho que a gente tem que fazer tudo que a gente tem vontade nessa vida, não foi porque eu já me vi numa situação de quase-morte e mudei, ou foi por tudo isso e mais um pouco.

Ou foi porque eu estava radiante há uma semana atrás, e agora estou na parte baixa da montanha russa? Ou será que foi porque se eu fosse pra NY eu continuaria por mais dois meses (pelo menos) no mesmo estado de graça que eu estava semana passada?

Ou foi simplesmente porque eu senti saudades de quem eu amo, que está sem acesso a internet, sumido e eu não posso dizer mais uma vez "eu te amo". Porque eu não posso responder " Du! Immer! " àquela pergunta "Qual é a sua?" Ou foi por tudo isso e muito mais... vai se saber. Bom, já que não posso falar pessoalmente, escrevo! Deixo aqui registrado: eu te amo! Se eu fosse um pouco mais insana eu vendia o carro e ia pra a Delta agora. Qual é a minha? Du! Immer! Ich liebe dich! Mesmo que seja com prazo de validade, já falei. Mesmo que seja por somente 10 dias novamente.